Visa e Mastercard investigam romper relações com Pornhub após acusações de conteúdos de estupro e pedofilia

As empresas de cartões de crédito Mastercard e Visa anunciaram nesta segunda-feira (07/12) que estão investigando sua relação comercial com o Pornhub. O anuncio vem depois que Nicholas Kristof, colunista do New York Times, noticiou que a plataforma continua impune por lucrar com material de abuso sexual infantil, agressão sexual e pornografia não consensual.

Segundo as gigantes de cartões de crédito, se for confirmado que o site infringe a lei, elas cortarão seus laços com a MindGeek, empresa responsável pelo Pornhub e plataformas semelhantes como Youporn e Redtube. “Estamos trabalhando com o banco MindGeek para entender essa situação e outras medidas tomadas pela empresa”, disse a Mastercard em mensagem recebida segunda-feira pela AFP. “Se as alegações forem comprovadas, tomaremos medidas imediatas”, acrescentou. A Visa indicou, por sua vez, que já está “a par das acusações, e estamos ativamente conversando com as instituições financeiras relevantes para investigá-las, além de também estarmos falando diretamente com a empresa proprietária do site, a Mindgeek“.

De acordo com o colunista Nicholas Kristof, quase sete milhões de vídeos são postados no Pornhub a cada ano e, embora a grande maioria deles provavelmente retrate atos consensuais, muitos outros incluem “o abuso de crianças e violência não consensual“. “Em cada caso, os infratores foram presos pelos ataques, mas o Pornhub escapou da responsabilidade por compartilhar os vídeos e lucrar com eles”, escreveu Kristof na reportagem divulgada na última sexta-feira (04/12).

Em nota, o Pornhub negou todas as acusações veiculadas na coluna, chamando-as de “irresponsáveis e flagrantemente inverídicas”. A plataforma garantiu estar “comprometida com o combate a materiais de abuso sexual infantil e instituiu uma política abrangente de confiança e segurança líder da indústria para identificar e erradicar material ilegal de nossa comunidade“.

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