Jogador gay de vôlei de praia diz ser acolhido no esporte, mas não pela família: “É muito religiosa”

Assumido desde os 20 anos, o jogador de vôlei masculino de praia Vinicius Freitas, hoje com 26 anos, revelou que foi acolhido entre os colegas de esporte, mas não teve o mesmo apoio da sua família, que ainda não aceita sua homossexualidade.

Minha família é muito religiosa e não reagiu de uma forma muito boa. Eu sofri muito. Mas me agarrei muito a Deus e ao esporte pra permanecer firme. Ainda não me aceitam, mas aprenderam a me respeitar e dar o meu espaço“, disse o jogador de vôlei ao Gay Blog. “Não é como eu queria, mas é só o que eu preciso. Ainda moro com eles. É difícil me expor, falar sobre minha orientação, porque tudo que repercute respinga neles. Mas faço, porque tenho consciência que é uma forma de combater, e assim esperar que, num futuro próximo, as pessoas e as famílias mudem a mentalidade e para que ninguém sofra mais com essa intolerância enraizada“, explica Vinicius, que namora há pouco mais de dois anos o médico Rafael Helmer.

Pra nós, que crescemos dentro da igreja, o processo é muito doloroso. E quando consegui enxergar que Deus é diferente de religiosidade, pude me libertar desse peso. Deus nos ama muito e nos aceita da forma como somos“, ponderou. No esporte, no entanto, ele disse se sentir acolhido pela equipe. “Me sinto acolhido por todos eles. Inclusive minha equipe, que teve um papel fundamental desde o início pra que eu pudesse ser eu mesmo e encontrar o melhor de mim“, concluiu.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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