Casal de lésbicas denuncia lesbofobia durante evento da Portela; escola de samba se desculpa
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Felipe Sousa- 0
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Foto: Reprodução
Um casal formado por duas mulheres lésbicas relatou ter sofrido lesbofobia por parte de uma funcionária da escola de samba Portela, no Rio de Janeiro, no evento Feijoada da Portela, que ocorreu no último sábado (05/03). O relato foi feito no Instagram Caldo de Piranha, uma roda de estudos de samba entre mulheres.
“Duas de nós fomos abordadas por uma funcionária da Portela que pediu para que não nos beijássemos mais. A funcionária disse que atendia ao pedido de pessoas no local que alegavam estar com crianças e constrangidas“, diz o grupo na denuncia. Segundo elas, outros casais estavam se beijando no local. No entanto, apenas as duas mulheres foram alertadas pela segurança a respeito do beijo. O grupo, então, acionou a segurança local. “O segurança ouviu a queixa, se posicionou contrário à atitude da funcionária, sugeriu que pudesse se tratar de uma ‘terceirizada’, e nos deu como resposta que voltássemos em horário comercial para direcionar a queixa à diretoria“, afirmam.
“Decidimos por publicizar esse ocorrido no intuito de cobrar um posicionamento oficial de agremiação com relação à LGBTfobia e às medidas que tomará para que eventos dessa ordem não ocorram mais no espaço da escola“, explica o grupo na publicação. Nesta quinta-feira (10/03), a escola de samba procurou o coletivo e se desculpou pelo ocorrido. A Portela se responsabilizou pelo comportamento da funcionária e afirmou que tomará providências para que o comportamento não se repita.
No post, as mulheres continuam a afirmar que receberam outras denúncias de pessoas que sofreram ataques LGBTfóbicos em outras escolas de samba além da Portela. “[Isso] reforça a nossa oposição a qualquer tipo de medida punitivista, que prejudique os trabalhadores individualmente. Pedimos medidas afirmativas, que envolvam formação e orientação, que mobilizem um trabalho coletivo de educação e conscientização antilgbtqia+fóbica dentro das escolas de samba”, conclui o coletivo.
