Primeiro caso de infecção simultânea por varíola dos macacos, Covid e HIV é registrado em italiano de 36 anos

Um italiano de 36 anos foi infectado simultaneamente com os vírus da covid-19, do HIV e da varíola dos macacos, segundo reportou um estudo publicado na revista científica Journal Of Infection. O paciente é o primeiro caso relatado de uma pessoa que contraiu os três vírus ao mesmo tempo.

O paciente passou cinco dias na Espanha, entre os dias 16 e 20 de junho, de acordo com o artigo. Os primeiros sintomas foram febre, dor de garganta, fadiga e dor de cabeça. Ao fazer a testagem, o homem positivou para Covid-19. No entanto, um outro sintoma chamou atenção no mesmo dia: uma erupção na pele começou a se desenvolver no braço esquerdo dele. Com a progressão das erupções, ele buscou atendimento médico em um hospital. Com suspeita de ter sido infectado pela varíola dos macacos, o paciente realizou o teste para a doença, que deu positivo. Avaliando as circunstâncias, os médicos fizeram a coleta de amostras para uma série de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O resultado deu positivo para o HIV-1, o tipo mais comum da doença.

No relato ao médico, o paciente contou que havia tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19 e que também tinha realizado teste para HIV em 2021, no qual o resultado deu negativo. Porém, ele informou ao profissional que teve relações sexuais sem proteção durante a viagem à Espanha. Já no terceiro dia, quase todas as lesões começaram a se transformar em crostas. No sexto dia, os testes seguiam positivos para os dois vírus, apesar da ausência de novas lesões. Com a resolução dos sintomas, ele foi liberado para isolamento em casa e começou o tratamento de HIV.

Nosso caso enfatiza que a relação sexual pode ser a forma predominante de transmissão (do vírus monkeypox). Portanto, a triagem completa de ISTs é recomendada após o diagnóstico de varíola dos macacos. De fato, nosso paciente testou positivo para HIV-1 e, dada sua contagem de CD4 preservada, poderíamos supor que a infecção era relativamente recente”, disseram os médicos.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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