Irã condena ativistas lésbicas a morte por “promoverem a homossexualidade”

Duas ativistas iranianas lésbicas foram condenadas à morte por “promover a homossexualidade“, informou o grupo de direitos LBTQIA+ 6Rang, nesta segunda-feira (05/09), convocando a comunidade internacional a impedir sua execução. Segundo Shadi Amin, coordenadora da organização, esta é a primeira vez que mulheres são condenadas à morte no Irã por causa de sua orientação sexual.

Zahra Sedighi Hamedani, de 31 anos, e Elham Chubdar, de 24, foram condenadas por um tribunal da cidade de Urmía, no noroeste do país. As jovens também foram acusadas de “promover a religião cristã” e de terem contatado um veículo da mídia que faz oposição ao governo iraniano. Elas estão detidas em um presídio local. Outra mulher enfrenta as mesmas acusações e também está detida. Trata-se de Soheila Ashrafi, de 52 anos, natural de Urmía. No entanto, a sentença do caso de Soheila ainda não foi proferida.

A Autoridade Judicial confirmou que elas foram condenadas por “espalhar a corrupção na Terra” — uma acusação frequentemente imposta a réus considerados como tendo infringido as leis da sharia do país. É a acusação mais grave do código penal iraniano.

“Agora pedimos à Alemanha e aos outros governos estrangeiros que pressionem o Irã pela libertação das ativistas. Esta é a primeira vez que uma mulher é condenada à morte no Irã por causa de sua orientação sexual“, disse a coordenadora 6Rang. Os defensores dos direitos humanos acusam atualmente o Irã de promover uma campanha de repressão contra amplos setores da sociedade. Os ativistas denunciam, entre outros, as detenções de membros da minoria religiosa bahá’í, o aumento das execuções e a prisão de cidadãos estrangeiros.

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