Foto: Reprodução/Instagram

Confundida com trans, mulher cis tem genitália tocada por segurança ao tentar utilizar banheiro feminino da Viradouro

Conhecida como Preta Lu, a sambista Luciana Silva usou as redes sociais para denunciar mais um episódio de transfobia dentro quadra da Escola de Samba Unidos do Viradouro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Mulher cis, Luciana afirma que foi impedida por seguranças de utilizar o banheiro feminino da quadra após ser confundida com uma mulher trans.

Impedida de forma constrangedora, sob a justificativa de que haviam crianças utilizando o banheiro, ela ainda relata ter sofrido assédio por parte da segurança. “Quando eu cheguei perto do ouvido dela para explicar que eu sou mulher (sic), ela simplesmente apalpou os meus seios e botou a mão na minha parte íntima“, disse Luciana em transmissão ao vivo no Instagram. “Foi muito rápido. Eu me assustei e afastei a mão dela“, desabafa ela. “Isso nunca me aconteceu. Tenho sim ‘traços de trans’ (sic), não ligo, só que ninguém tem o direito de colocar a mão, apalpar, de fazer nada“.

Constrangida, Luciana diz que preferiu evitar maiores confusões e não procurou a direção da escola de samba para denunciar o ocorrido. Hoje, ela se arrepende. “Foi erro meu, da minha parte. Eu deveria ter procurado a direção, o chefe de segurança e reclamado. Infelizmente eu não fiz isso e deixei passar“, lamentou a sambista, que decidiu expor o caso após ficar sabendo do recente episódio de transfobia envolvendo a transexual Milena Ravache. Assim como LucianaMilena também foi impedida de utilizar o banheiro da quadra da Viradouro por ser uma mulher trans.

Luciana garante que tentou contato com a escola de samba, no entanto, não obteve retorno. “Se eu pareço trans ou não, ninguém tem o direito de tocar em mim. Eu fiquei muito chateada com isso tudo“, ressalta a sambista. Por fim, ela reforça que episódios como esse precisam ser denunciados. “A gente tem que expor para que isso não acontece de novo com outras pessoas“, finaliza.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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