Casal curte fetiche em praça e acende discussão sobre o que pode em local público
Uma cena pouco usual em locais públicos chamou a atenção de quem estava na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, esta semana. Um usuário do Twitter postou um vídeo de um casal, aparentemente hétero, curtindo seu fetiche, uma prática do BDSM, à luz do dia e interagindo com outras pessoas que circulavam.
As opiniões se dividiram, e embora o casal não estivesse praticando nenhum ato sexual explicitamente, muito menos nada que configurasse ato obsceno, os dois facilmente poderiam ser confundidos com jovens fazendo cosplay. Mas estavam performando puppy play ou pet play, onde um deles finge ser um animal de estimação e o outro seu tutor.
Um comentador disse: “Pra galera do ‘meu deus não é possível’, vocês precisam entender que nem tudo é pra todes. Pra ele, a posição de submissão é extremamente prazerosa, mexe com o córtex frontal cerebral dele. Isso aí é só um contexto de um universo altamente amplo. Existem mais de 500 tipos de fetiches/parafilias e volto a dizer nem tudo é pra todos”.
Um outro comentou: “As pessoas precisam parar de tratar parafilia como fetiche e algo natural. Parafilicos precisam de ajuda e não de romantização do comportamento. Muitas vezes pessoas que gostam de ser humilhadas e sentem prazer com isso, é pq sofrerem violências na infância. Não romantizem isso”.
O fato é que acena curiosa não tem nada de “anormal”, e no BDSM, as práticas não necessariamente envolvem sexo e podem ter conotação de brincadeira, disciplinadora e, às vezes, até mesmo terapêutica”, explica o psicólogo Marcos Santos, em matéria sobre BDSM para o IG, pontua. Como estabelecido dentro do BDSM, o jogo geralmente é baseado em uma hierarquia de comando, submissão e obediência.