Fã da arte homoerótica, fotógrafo explora o mundo voyeurístico dos cinemas de sexo gay em Atenas

Helias Doulis, um artista, fotógrafo e cineasta gay residente em Londres, explorou os cinemas de sexo gay e as cabines de pornografia sobreviventes de Atenas, na Grécia, em seu trabalho “A Faggot’s Destiny“.

Em muitas cidades ao redor do mundo, os cinemas eróticos já foram locais de encontro populares para homens gays. Embora os aplicativos de pegação e a internet tenham substituído amplamente esses locais de encontro, algumas das cabines de pornografia gay remanescentes da década de 1980 ainda são usadas por gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens. Doulis disse à Dreck Magazine que entrou em um cinema pornô como cliente pela primeira vez no centro de Paris há cerca de quatro anos. “Eu estava lá sozinho, para observar e me relacionar com quem eu pensava que era, ou quem eu pensava que poderia ser entre os homens. Homens que estavam lá se escondendo de suas esposas, meninos que estavam lá para explorar quem eles são“, contou o fotógrafo.

Cruisings agora estão desaparecendo e se tornando cada vez menos popular com os aplicativos de sexo cada vez mais fortes; é tudo cultural. Somos formados para nos esconder por uma necessidade de sobrevivência, mas alguns de nós não se escondem mais”, disse Doulis à revista. “Eu visitei as cabines pornô de Pigalle na França alguns anos atrás e me apaixonei por como parecia enferrujado, com tesão e imundo, tudo coberto por uma estranha melancolia. Eu tenho uma queda por esses lugares. Não sou o tipo de homem que adora participar. Posso ser apenas o pervertido parado no canto, se divertindo à distância”.

Por fim, o fotógrafo, que também é um colecionador de fotografias homoeróticas vintage, explica que sua “documentação é uma homenagem à era pornográfica emocionante de homens sendo usados ​​para compartilhar intimidade por trás de portas fechadas e glory holes, ao invés de suas formas modernas de egos intocados em aplicativos de sexo e redes sociais”. 

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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