Vereador do PL é denunciado ao Ministério Público por chamar LGBTs de “anormais”: “Prejuízo a sociedade”
O vereador Igor Elson (PL), da Serra, na Grande Vitória, foi denunciado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por ter chamado pessoas LGBTQIA+ de “anormais” durante um discurso em um evento com apoiadores do Partido Liberal (PL) no último sábado (04/03).
Em um vídeo registrado por um participante do “Café com o PL“, o vereador aparece criticando a administração do prefeito Sérgio Vidigal (PDT) por, segundo ele, priorizar eventos “favorecendo” esse segmento. “Faz uma semana de evento favorecendo LGBTQIA+. Você não ouve se falar nada sobre família, sobre casamento, sobre criança, sobre nada. Querem empregar a trocar de valores. Querem empregar o que é normal, colocar como é anormal, e pegar o anormal e colocar como normal”, disse ele, sob aplausos da plateia e dos integrantes da mesa de autoridades. “Mas enquanto nós estivermos vivos, nós estaremos firmes combatendo isso. Nós respeitamos a postura e o direito de cada um, agora potencializar aquilo que é anormal, infame, e que nós entendemos que traz prejuízo para a sociedade, o PL vai estar firme junto com vocês para combater essa ridicularidade [sic]“.
Na mesa, estavam presentes o senador e presidente estadual do PL, Magno Malta, os deputados estaduais Danilo Bahiense (PL) e Pablo Muribeca (Patriota), o ex-deputado federal Carlos Manato (PL) e o vice-prefeito da Serra, Thiago Carreiro (UB). Em conversa com o G1, o parlamentar disse que a fala foi mal interpretada “por uma máfia da oposição“. “100% nada contra os LGBTQIA+. Isso foi interpretado por uma máfia da oposição. Pessoas LGBTQIA+ já trabalharam comigo. Já tive familiares que são. Se eu concordo, é outra coisa. A fala foi voltada para a falta de equidade do prefeito em atender algumas entidades e outras não“, alegou Igor.
Diante da polêmica levantada, o vereador também publicou uma nota em suas redes sociais. “O vereador Igor Elson esclarece que em sua fala, no evento do PL, não chamou quaisquer pessoas de ‘anormais’. Anormal era e é a política pública adotada pelo Poder Executivo municipal que privilegia apenas uma parte da sociedade, deixando de fora os setores conservadores e que pregam valores cristãos.”

