Influenciador questiona sexualização de seu corpo entre gays por ser negro

O influenciador Doctor Queer usou sua conta no Twitter para questionar por que recebe tantas propostas de sexo como se fosse garoto de programa e faz um recorte racial usando prints de suas fotos no perfil do Grindr. Ele alega que por ser negro, a fetichização é maior e se questiona: “será que isso aconteceria se eu fosse branco?”.

O perfil do médico é dedicado a esclarecer dúvidas de saúde para pessoas LGBT+, trazendo informações sobre remédios, saúde mental, ISTs, questões políticas e claro, muito biscoito. E é aí que reside o problema, quando Doctor Queer posta biscoito, entende-se que seu corpo é uma oferta e não apenas um direito dele de exibir-se nas redes como todas as pessoas tem.

No post, que já ultrapassa meio milhão de impressões, os seguidores percebem que no nome de usuário do seu perfil tem a palavra “boy”, no caso “Venus as a Boy 38” e lembram que esse é um codinome para “garoto de programa”. Ainda assim a discussão é válida: “Minhas vivências me fazem perceber que sempre vi os brancos recebendo ofertas de programa, e o preto sendo o objeto de desejo. Uma analogia semelhante àquela história: o branco é para namorar, o preto é só pra pegar”, disse um comentador.

“Eu não acho que pessoas brancas passem por isso no aplicativo. E ainda tem gente q vem dizer q a culpa é nossa por estar sem camisa na foto, ou porque é músculo ou sei lá mais q palhaçada. Fui obrigado a escrever no perfil que eu não estou ali a trabalho. Patético!”, disse o influenciador que exibe sem pudores seu corpo. No comentários, as opiniões se dividem, mas sempre se chega à conclusão de que o corpo do homem negro é mais fetichizado que os corpos brancos.

Bee 40tona

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