Inimigo do mainstream, John Waters finalmente ganha sua estrela na Calçada da Fama

O cultuado diretor americano John Waters, mais conhecido como o “Papa do Trash“, recebeu uma estrela na tradicional Calçada da Fama de Hollywood nesta segunda-feira (18/09). Além da estrela, Waters será tema de exposição no museu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, entidade responsável pela cerimônia do Oscar.

A exposição explora os métodos, temas e incomparáveis ​​habilidades e estilo de produção cinematográfica de Waters. Inclui fantasias, adereços, roteiros manuscritos, correspondências e memorandos, álbuns de recortes, fotografias, material de imagens em movimento e muito mais. “Estou muito orgulhoso e animado”, disse ele ao The Advocate. “Sempre fui capaz de fazer o que queria e nunca pareceu um trabalho pra mim. Estou muito grato por sempre ter tido um público, e tenho sorte que esse público me permite fazer as coisas que faço e que eles me permitiram fazer isso por muito tempo.”

Alguns podem dizer que Waters ultrapassou os limites do bom gosto. Seus filmes sempre foram muito divertidos, ao mesmo tempo que chocaram os espectadores. Ele consolidou sua posição como um dos diretores independentes mais reverenciados na história do cinema americano, servindo de enorme inspiração para outros artistas que se rebelaram contra o mainstream. “Para ser sincero, é lisonjeiro que, depois de todo esse tempo, as pessoas da indústria do entretenimento estejam reconhecendo meu sucesso“.

O diretor também observa que a exposição inclui muitos artefatos de seu amigo de infância e de longa data, o artista Glenn Milstead, também conhecido como a drag queen Divine. Eles colaboraram em muitos projetos, primeiro no segundo filme de Waters, “Roman Candles“, bem como nos sucessos clássicos “Pink Flamingos“, “Poliéster” e “Hairspray“. Divine era um bom amigo e parceiro; Eu com certeza sinto falta dele. Ele era grande e barulhento e nunca teve medo de contar essas histórias malucas comigo.”

“E você sabe, muita gente não sabe disso, mas Divine não era trans e nem andava por aí com roupas femininas. Na verdade, ele sempre usou ternos masculinos caros. Ele me disse que queria ser um cruzamento entre Elizabeth Taylor e Godzilla, e isso o descrevia muito bem“, finalizou Waters.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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