Jean Wyllys chama Eduardo Leite de equívoco e explica homofobia internalizada
Após 4 anos vivendo exilado em Barcelona, na Espanha, Jean Wyllys fez declarações sobre a recente polêmica em que se envolveu com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Wyllys chama Leite de “equívoco” sobre sua decisão de manter as escolas cívico-militares e e afirmou que o governador “utilizou a homossexualidade dele para tirar proveito eleitoral”.
Jean explicou com detalhes o que é homofobia internalizada e que, mesmo após o presidente Lula decidir pôr fim ao programa das escolas cívico-militares, por essas escolas apontarem espaços perigosos para a comunidade LGBTQIA+, Leite performa a ideia de pertencimento típica de LGBTs com privilégios sociais e que não viveram enfrentamentos como homofobia e racismo.
“Treze governadores, todos de direita, todos bolsonaristas, decidiram dar continuidade a esse programa, colocando recursos do Estado. Um deles foi Eduardo Leite. E o meu comentário foi: eu esperava isso dos outros doze. Dele não. Porque ele é um homem gay. Então, se ele utilizou a homossexualidade para tirar proveito eleitoral, ele deveria utilizar também para entender que esse programa não deveria ter sido continuado”, explica o ex-deputado ao podcast Bee40tona.
“Como governador do estado, performar politicamente a partir desse inconsciente é grave. E vindo de um homem gay, não era esperado. Aí, a solidariedade a ele, inclusive por parte de muitos gays, tem a ver com o fato de que ele está dentro de um padrão de homossexualidade que se espera. Ele é bonito, branco. (…) Ele é um equívoco. É um neoliberal, equivocado”, conclui.
Jean Wyllys, que está de volta ao Brasil lançando seu novo livro “O que não se pode dizer” escrito junto com a filósofa Márcia Tiburi, também falou sobre sua posição no governo e criticou o Ministro Paulo Pimenta que o teria rechaçado nas mídias para que não assumisse o cargo oferecido pelo presidente no ministério.