Doação de sangue entre gays e bissexuais não impacta na segurança, diz relatório de saúde

Não houve impacto na segurança desde que as regras do Reino Unido foram alteradas para permitir que homens gays e bissexuais doem sangue, revelou um relatório do Serviço Nacional de Saúde.

As conclusões do relatório “Safe Supplies 2022: Monitorização da Segurança em Dadores e Destinatários“, produzido em conjunto pelo NHS Blood and Transplant e pela UK Health Security Agency (UKHSA), mostram que não houve impacto na segurança do sangue no Reino Unido desde que as regras relativas à doação mudaram em 2021. De acordo com o relatório, o risco residual de sangue contaminado com uma infecção recentemente adquirida por hepatite B, hepatite C ou HIV ser liberado no abastecimento do país manteve-se em menos de um em um milhão.

O número de infecções em dadores permaneceu globalmente baixo e, nos casos em que as doações de sangue apresentavam marcadores de infecção, os dadores responderam bem às perguntas da Avaliação do Risco Individualizado (FAIR) sobre o seu comportamento sexual. As conclusões do relatório foram descritas como “realmente encorajadoras” e uma forma de “garantia de segurança para os receptores em todo o Reino Unido”, pela Dra. Su Brailsford, diretora clínica interina de microbiologia e saúde pública do NHS Blood and Transplant, e presidente da direção FAIR Group.

Um estudo separado também publicado este ano, o relatório Riscos Sérios de Transfusão, descobriu que não houve nenhum caso confirmado de hepatite B, hepatite C ou HIV transmitido por transfusão de sangue durante 2022.

A resposta é sim se você mora no Brasil: pessoas LGBTQIA+ podem doar sangue. Mas, há não muito tempo, homens que faziam sexo com homens eram impedidos de fazer a doação. A regra foi alterada no Brasil pelo Superior Tribunal Federal (STF), em 2020, em decisão inédita. A votação considerou discriminatórias as regras da Anvisa e do Ministério da Saúde, que vetavam o ato. No final de 2021, um projeto foi aprovado no Senado Federal pede a proibição da discriminação de doadores de sangue por orientação sexual.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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