Brasil alcança redução de pelo menos 66% em taxas de novas infecções por HIV desde 2010

As taxas de infecção pelo HIV continuam a diminuir de forma mais acentuada nos países participantes da Coalizão Global de Prevenção do HIV (GPC) em comparação com o restante do mundo. É o que demonstra o relatório “Prevenção do HIV: Da Crise à Oportunidade“, disponível em inglês, lançado pelo UNAIDS nesta semana.

A GPC é uma coalizão de 38 países que trabalham juntos para acelerar a diminuição das novas infecções por HIV. O objetivo é atingir a meta de que 95% das pessoas em risco de HIV tenham acesso a opções eficazes de métodos combinados de prevenção.

O Brasil, junto com outras 10 nações designadas como foco da GPC, alcançou uma redução de pelo menos 66% em suas taxas anuais de novas infecções por HIV desde 2010. Em contraste, a média global de redução de novas infecções por HIV nesse mesmo período é de 38%. Os países da GPC que priorizaram a prevenção primária e o acesso ao tratamento, direcionando esforços para atender as populações mais vulneráveis, registraram as reduções mais significativas e consistentes nas novas infecções por HIV.

Entretanto, no âmbito global, o avanço na prevenção do HIV tem sido muito desigual, com a maioria dos países não seguindo trajetórias adequadas para alcançar as metas estabelecidas para 2025, destaca a UNAIDS. Muitos países enfrentam sérias crises de prevenção, caracterizadas por um acesso limitado aos serviços e um alarmante aumento nas novas infecções por HIV.

“As conclusões deste relatório oferecem lições cruciais para ação”, disse Angeli Achrekar, diretora executiva adjunta de Programas do UNAIDS. “Ele evidencia a necessidade crucial de liderança política contínua, investimentos em programas eficazes de prevenção do HIV e um ambiente político favorável para alcançar o objetivo de acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030″.

As reduções significativas nas novas infecções por HIV foram impulsionadas pela eficácia acumulada das estratégias de prevenção combinada do HIV, aliadas ao aumento do acesso ao tratamento antirretroviral. Esse acesso ampliado ao tratamento também tem contribuído para a supressão viral em pessoas vivendo com HIV. Pessoas em tratamento e com carga viral suprimida não transmitem o HIV.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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