A artista de 28 anos voltou a falar sobre o seu processo de terapia de conversão à heterossexualidade na juventude

Grag Queen volta a falar sobre ‘cura gay’: “Sofri agressões, eletrochoques e jejuns”

Grag Queen voltou a falar sobre o seu processo de ‘cura gay’ quando era jovem. A drag, de 28 anos, deu detalhes do processo de terapia de conversão a heterossexualidade quando ainda tinha 18 anos. Em entrevista emocionante à Terra Agora, ela contou que foi submetida a um processo que inclui terapia de choque e jejuns, sem contar a agressão física.

A drag é a embaixadora do projeto Fim da Cura, e encontrou na iniciativa a oportunidade de ressignificar “dores” vividas durante a adolescência. “São coisas que a gente carrega até hoje, acabamos lutando e nos tratando para negar as nossas vontades, personalidades, nossa liberdade de ser”, disse.

A artista ainda revelou que foi submetida ao processo e diz que seu carisma passou a ser um problema para a sociedade. “Já fui sendo suspensa de algumas aulas ali, foram chamando minha mãe. Fazem as atrocidades em nome de Deus, então a gente tem esse negócio de ter temor, de respeitar e achar que essa é a única verdade”, argumentou. “Sofri agressões físicas, incluindo eletrochoques, jejuns, repetições de movimentos, escrevia coisas para por na fogueira, coisas que no aspecto mental são muito significativas”, afirmou.

Grag ainda aproveitou a oportunidade para exaltar a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, que acontece em 2 de junho na Avenida Paulista, em São Paulo. “De extrema importância ter um momento para celebrar, realmente valorizar a luta que já começou lá atrás por outras pessoas, celebrando nossas expressões artísticas, nossa vontade de ser livre, com muita consciência, luta, mas também para celebrar o nosso momento”.

Arthur Aguiar

Redator do Pheeno, formado em comunicação social e estudante de moda. Apaixonado por contar histórias e explorar culturas.

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