Ao vivo em transmissão, estudante adverte Papa Francisco sobre falas homofóbicas: “Por favor, pare”
Um estudante de psicologia na Universidade Ateneo de Manila, nas Filipinas, pediu ao Papa Francisco na quinta-feira (20/06) que parasse de usar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIAPN+, criticando o pontífice de 87 anos pelos insultos homofóbicos que ele teria usado em reuniões privadas. A declaração foi dada durante um encontro por videoconferência entre o Pontífice e alguns estudantes da Ásia, organizado pela Universidade Loyola.
Usando um lenço com as cores do arco-íris, Jack Lorenz Acebedo Rivera, um jovem de Mindanau, uma ilha nas Filipinas, se dirigiu ao argentino e disse: “Por favor, pare de usar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIA+. Isso causa imensa dor”. Rivera disse ao papa como se sente estigmatizado, advertindo a fala do religioso. “Eu mesmo sou excluído e intimidado devido à minha bissexualidade, minha homossexualidade, minha identidade e por ser filho de uma mãe solteira“, afirmou.
Durante o painel, o estudante também pediu que o pontífice trabalhe para ajudar a facilitar o divórcio nas Filipinas, único país no mundo onde o divórcio é ilegal. Ao responder, o papa condenou fortemente a discriminação, especialmente contra as mulheres, mas não respondeu ao pedido de Acebedo Rivera sobre a linguagem homofóbica. “Escolha sempre o amor verdadeiro”, enfatizou.
Em uma reunião interna no dia 20 de maio, Francisco disse que “já existe bichice demais” em seminários ao pedir para que bispos italianos não aceitem padres abertamente gays, afirmou a imprensa italiana. A fala do Papa virou manchete em diversos veículos italianos e argentinos. Na ocasião, o Vaticano emitiu um raro pedido de desculpas.