A influenciadora usou suas redes sociais para fazer uma ‘carta aberta’ em homenagem ao Dia do Orgulho LGBTQIAPN+

Maya Massafera sobre transexualidade: “Na minha cabeça, eu sempre fui mulher”

Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ e Maya Massafera não deixou de dar o seu relato e levantar a bandeira como mulher trans. A influenciadora fez uma ‘carta aberta’ diante do seu processo de entendimento como pessoa trans e chega a dizer que não se identificava com a identidade porque não conseguia entender o que era uma mulher trans, pois sempre foi colocada no lugar de marginalização.

“Demorei muito para entender que sou uma mulher trans. Por diversos motivos. Com muita terapia vou entendendo melhor muita coisa e hoje quero falar sobre 1 dos motivos. Na minha cabeça, eu sempre fui mulher. Sempre me identifiquei como mulher e em todos meus pensamentos eu fui mulher. Nas minhas grandes amizades, tb sempre fui “tratada” no feminino. Mas não me identificava, não conseguia entender que era uma mulher trans. E 1 dos motivos (deixando claro que nunca foi apenas isso), era porque a sociedade nos colocava sempre em lugar de marginalização”, iniciou.

Maya ainda faz uma análise sobre a palavra travesti. “Vamos lá: você sabia que travesti e mulher trans, têm o mesmo significado? Esquece cirurgia plástica, esquece profissão, classe social… esquece tudo e entenda: toda mulher trans é travesti. E toda travesti é mulher trans. Não confunda travesti com “traveco”. Essa palavra nunca deve ser usada, é de uma transfobia gigantesca”, argumentou.

Massafera cita diversas mulheres trans em seu discurso, reverenciando Lea T, Roberta Close, Erika Hilton e Ariadna. “Todas nós somos mulheres trans, somos travestis. Então vamos começar a mudar a forma de ver essa palavra e normalizar o que é normal”. “Posso ser eu mesma porque vieram muitas antes e lutaram muito para que hoje eu e tantas outras meninas, possam estar ocupando lugares, que seria impossível antigamente. A prostituição, infelizmente, ainda é a única esperança de muitas meninas. Mas juntas, com muita luta, vamos mudar isso. Que num futuro próximo, a prostituição seja para quem escolher e que não seja a única opção. Amo ser travesti, amo ser mulher trans, amo ser mulher!”, finalizou.

Arthur Aguiar

Redator do Pheeno, formado em comunicação social e estudante de moda. Apaixonado por contar histórias e explorar culturas.

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