Marcelo Cosme fala em “crime” após ser alvo de piada homofóbica no ‘Pânico’ da Joven Pan

Marcelo Cosme, recentemente, foi alvo de um ataque homofóbico de Emílio Surita, apresentador do ‘Pânico’, durante a programação da Joven Pan. E esse momento viralizou nas redes sociais, na quarta-feira (24/7), provocando uma enxurrada de apoio ao jornalista da GloboNews. Já na noite desta quinta-feira (25/07), o jornalista usou as redes sociais para se pronunciar pela primeira sobre o ocorrido.

Em texto compartilhado no Instagram, o âncora disse que nunca esperou ser discriminado e lembrou que a LGBTQfobia é passível de punição no Brasil. O jornalista abordou a importância de não normalizar o preconceito, seja ele de natureza LGBTQIAPN+, racial, machista ou qualquer outra forma. “A gente nunca espera ser alvo de discriminação, mesmo que ela esteja ali, sempre como um fantasma para quem é da comunidade LGBTQIA+. A gente também não se acostuma com o preconceito, ainda que ele faça parte do cotidiano. E a gente não pode se conformar e nem normalizar seja qual for a forma que ele se apresente, seja a LGBTFOBIA, o racismo, o machismo e/ou qualquer outro tipo”, ressaltou Marcelo.

Ele fez um apelo para que a sociedade evolua, reconhecendo que crimes de ódio devem ser tratados como tal e não como situações isoladas ou divertidas. Cosme destacou que o respeito às diferenças é essencial para a construção de uma sociedade mais unida e justa, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. “A diversão de uns pode representar e incentivar o soco na rua, a lâmpada na cabeça e outros ataques. A gente precisa evoluir e não retroceder. O crime precisa ser visto como crime. Respeitar cada um e suas diferenças nos une. Não é uma pauta apenas brasileira, é uma necessidade mundial”.

Ele fez um chamado à ação, afirmando que sua postura de resistência contra qualquer forma de preconceito é parte de seu papel como cidadão e jornalista. “Eu tenho uma família que me ama, amigos que me respeitam, colegas de trabalho que me apoiam e até desconhecidos que me abraçam. E quem não tem? Quem é calado, abusado, sufocado, morto? É por mim e por estes que sempre vou me posicionar contra qualquer tipo de preconceito, faz parte do meu papel de cidadão e de jornalista. Aquela máxima ‘Os cães ladram e a caravana passa’ me guia. Seguimos! Atentos, vigilantes e com uma boa dose de amor e felicidade! O amor e o respeito são o caminho”, finalizou ele.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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