Confusão na estrada: Homem é preso após insultos homofóbicos durante viagem em ônibus
O ilustrador e produtor de conteúdo adulto Luan Aukar usou suas redes sociais para relatar um caso de homofobia que sofreu durante uma viagem de ônibus de São Paulo para Marília, região Centro-Oeste paulista. O incidente, que teve início após Luan solicitar educadamente que um passageiro reduzisse o volume do celular, resultou em uma série de agressões verbais e uma grande confusão no ônibus.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Luan descreveu o momento em que pediu ao passageiro que abaixasse o volume, recebendo uma reação desproporcional e violenta. “Gente, estou aqui no ônibus pra Marília e tem um cara que ficou desde São Paulo com o celular no volume máximo gritando no telefone. Eu pedi pra ele abaixar o volume na maior educação e ele não abaixou. Pedi pela segunda vez e ele surtou, veio pra cima de mim, começou a causar na maior gritaria”, relatou o ilustrador. A situação se agravou quando o passageiro, em completo descontrole, começou a ofender Luan, atrasando a viagem e criando uma situação caótica para os demais passageiros.
A confusão culminou em um desfecho dramático, capturado em vídeo por Luan e compartilhado em seu perfil no Instagram. Na gravação, o agressor aparece visivelmente alterado, proferindo insultos homofóbicos, chamando Luan de “bichi***”. No entanto, a situação tomou um rumo inesperado quando uma policial à paisana, que também estava no ônibus, interveio e impediu que o agressor se aproximasse de Luan.
O caso terminou com o passageiro sendo retirado do ônibus pela polícia, enquanto Luan compartilhou um relato aliviado nas redes sociais: “Sofri homofobia no ônibus a caminho de Marília e fiz o maluco ser preso. Além de fazer eu pausar a minha Madonna, deu de cara com uma policial queen aliada”, escreveu o ilustrador, destacando o apoio inesperado que recebeu.
Importante ressaltar que a LGBTfobia é crime no Brasil. Em 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero deveria ser enquadrada na Lei de Racismo (Lei 7.716/1989). Com essa decisão, atos de homofobia e transfobia passaram a ser considerados crimes, com penas que podem variar de um a cinco anos de prisão, dependendo da gravidade do ato.