Exposição “Lambe-Lambe – Histórias Sapatão” ocupará as ruas do Rio em exposição a céu aberto

Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, a exposição “Lambe-Lambe – Histórias Sapatão” tomará as ruas do Rio de Janeiro a partir de 29 de agosto. A mostra marca a data do 1º Seminário Nacional de Lésbicas, realizado em 1996 em São Paulo, um evento crucial na luta contra a lesbofobia no Brasil. A abertura da exposição ocorrerá na Cinelândia, em frente à Câmara Municipal, às 17h, durante a Festa Ocupa Sapatão, celebrando a diversidade e a luta por reconhecimento das lésbicas.

A intervenção artística apresenta 40 lambe-lambes de 2 metros por 1 metro, retratando oito casais lésbicos fotografados por Camilla Lapa, idealizadora e diretora do projeto. As obras serão exibidas em diversos pontos da cidade, priorizando áreas onde a visibilidade LGBTQIAPN+ é menor. Cada imagem foi selecionada a partir de ensaios fotográficos e recebeu uma intervenção digital da grafiteira Renaya Dorea, que também realizará pinturas ao vivo durante a abertura, adicionando uma camada extra de arte e engajamento ao evento.

Para ampliar o alcance da exposição, cada lambe-lambe inclui um QR Code que direciona ao site oficial, onde os visitantes podem acessar uma galeria com as fotos completas dos ensaios e conhecer as histórias por trás de cada casal. As narrativas foram coletadas em um trabalho de campo realizado pelas diretoras criativas Julia Bernat e Karol Guimarães Rosa, que entrevistaram casais lésbicos de diferentes regiões do Rio de Janeiro. Entre as histórias, destacam-se as de Renilda Pires e Rosângela Castro, que viveram os desafios de se assumir lésbicas em uma época de grande repressão, e de Jaque Vasconcellos e Joana Miranda, protagonistas do primeiro casamento budista lésbico do Brasil.

A exposição, idealizada por artistas lésbicas e bissexuais, busca ressignificar o termo “sapatão” e reafirmar o orgulho lésbico em espaços públicos. Além de valorizar a representação do amor entre mulheres, o projeto visa romper a invisibilidade em áreas onde a cultura queer é pouco presente, promovendo um diálogo sobre a diversidade e a luta por direitos em uma sociedade ainda marcada pelo preconceito.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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