Hellena Malditta expõe episódio racista por parte de drag influente no cenário LGBTQ+

Hellena Malditta, ex-participante da 1ª temporada de “Drag Race Brasil”, trouxe à tona um grave episódio de racismo ocorrido nos bastidores de uma festa em São Paulo. A drag queen usou suas redes sociais para denunciar o ocorrido, relatando que sua assessora, uma mulher negra, foi alvo de uma atitude racista por parte de uma drag influente no cenário LGBTQIAPN+.

O relato de Hellena não apenas destacou a atitude discriminatória, mas também a falta de sensibilidade de uma artista que, segundo ela, deveria estar mais consciente do peso de suas ações, especialmente dentro de uma comunidade que luta diariamente contra preconceitos. “Será que toda Priscilla eu vou ter que fazer um TT?”, questionou ela em sua postagem, referindo-se à necessidade constante de expor essas situações. “Certo tonho que não vou fala o nome (nem todo homem branco, mas sempre um) APÓS o show cometeu um grande ‘erro’ que eu na verdade chamo de ‘rac**mo'”, continuou.

No texto, Hellena relatou que sua assessora, vestindo uma camisa com o rosto da drag queen e acompanhando o grupo, foi abordada de forma desrespeitosa pela colega drag. Segundo ela, essa artista a “catucou” nos ombros e, a confundiu com uma funcionária do bar, exigindo informações sobre comandas, algo que não fazia sentido no contexto em que estavam. “Minha amiga ficou sem reação e disse que não sabia. No final disso ainda recebeu um olhar de desprezo como se fosse uma garçonete incompetente…”, relatou Hellena, indignada com o episódio motivado por racismo.

A drag queen não poupou críticas à postura da artista, a quem chamou de “tonho” e ironizou sua posição de destaque na cena LGBTQIAPN+. “O chato é que essa situação veio de uma artista ‘grande’ que ocupa espaços importantes. Quantos mais ela já não fez isso ou ainda vai fazer?”, questionou Hellena.

A repercussão foi imediata, com a produção da festa Priscilla se pronunciando nas redes sociais em resposta à denúncia. Em nota, a organização afirmou que investigaria o ocorrido e destacou a importância de enfrentar o racismo de forma concreta, não apenas com palavras ou gestos simbólicos. A nota também revelou que a equipe da Priscilla já teve que lidar com situações semelhantes no passado, mencionando um conflito com um “assistente” que teria cometido atos racistas em uma edição anterior do evento. “Com a ajuda de artistas internacionais que ficaram do nosso lado e brigaram pela gente, conseguimos enfrentar esse bully… mas isso nos custou muito”, relataram, apontando os desafios contínuos em combater o racismo e outras formas de discriminação em seus eventos.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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