UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para pessoas trans e travestis
A Universidade Federal Fluminense (UFF) anunciou uma medida histórica na última quinta-feira, com a aprovação da reserva de vagas para pessoas trans em seus cursos de graduação e pós-graduação. A partir de 2025, 2% das vagas da graduação serão destinadas a esses estudantes, além de uma vaga extra em cada curso de pós-graduação, conforme decisão tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade. A universidade destacou que a medida representa um compromisso com ações afirmativas baseadas em critérios identitários, visando reduzir a discriminação e a exclusão.
Segundo a UFF, a medida “mostra que a universidade está comprometida com ações afirmativas com critérios identitários que visam contribuir para a redução das formas de discriminação, exclusão e violência”. A instituição afirma ainda que a política aprovada nasceu do “protagonismo do movimento de estudantes trans em diálogo com a gestão universitária”, que, em conjunto, formularam a proposta final. A estimativa é que cerca de 360 pessoas sejam contempladas pela nova medida.
A medida segue uma tendência crescente em outras instituições de ensino. No ano passado, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) aprovou a reserva de vagas para pessoas trans na pós-graduação e, recentemente, iniciou discussões para expandir essa política para a graduação. No último mês de agosto, a Rural chegou a divulgar um calendário para a discussão da ampliação do sistema de cotas para estudantes trans, para englobar não só a pós, mas também a graduação. A agenda se estende até este mês.