Jovem denuncia homofobia após briga por aparelho em academia, em Fortaleza
Na última segunda-feira (11/11), uma discussão por causa do uso de um aparelho de musculação em uma academia de Fortaleza acabou em confusão e denúncia de homofobia. O incidente, filmado por outros frequentadores, mostra quatro pessoas envolvidas em uma briga acalorada, com duas mulheres trocando puxões de cabelo e chutes enquanto outros tentavam separar o grupo. O caso viralizou nas redes sociais, gerando indignação do jovem Emenson Rodrigues, de 22 anos, que afirmou ter sido alvo de insultos homofóbicos durante o conflito.
De acordo com Emenson, ele e sua amiga, Letícia Guedez, estavam revezando o uso de um aparelho quando foram abordados por uma mulher que reclamou da demora e logo começou a ofender o jovem com termos homofóbicos. Segundo Letícia, a mulher o chamou de “viado” e chegou a dizer que “viado tem que morrer”. A situação escalou quando a mãe da mulher se juntou à discussão, e as ofensas aumentaram, dirigindo-se também a Letícia, que foi chamada de “gorda”. A jovem decidiu reagir e a briga física se instaurou no ambiente, que foi registrado nas filmagens.
Após o episódio, Emenson decidiu registrar um boletim de ocorrência contra as duas mulheres, denunciando-as por homofobia. Em um vídeo postado em suas redes sociais, ele desabafou sobre os insultos recebidos e reforçou a importância de levar o caso à justiça. “Não dá para ficar calado, tem que processar sim. Ela tem que pagar por isso”, afirmou o jovem, visivelmente abalado. Emenson compartilhou ainda que uma das mulheres referiu-se a ele como “das letrinhas lá [LGBTQIA+]” de forma pejorativa, evidenciando uma postura de preconceito que, segundo ele, já passou dos limites.
Em nota, a Max Forma Academia declarou que “preza pela segurança, bem-estar e respeito entre todos os seus frequentadores” e garantiu que o caso será tratado com seriedade. A academia reforçou o compromisso com um ambiente seguro e acolhedor para todos, afirmando que reforçará suas diretrizes de convivência para evitar que situações similares ocorram. A instituição se colocou à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações e dar suporte a seus alunos LGBTQIA+ que enfrentam discriminação em espaços de convivência e prática esportiva.