Lucas Lucco relembra críticas por gravar com Pabllo Vittar em 2018: “Entrei numa depressão braba”

O cantor Lucas Lucco, de 33 anos, relembrou nesta sexta-feira (13/12) o turbilhão de críticas que enfrentou após gravar o clipe de “Paraíso” com Pabllo Vittar. Em um vídeo publicado no TikTok, Lucas compartilhou que, após beijar a drag queen no vídeo, teve sua sexualidade questionada por muitos. Ele revelou que já sabia da repercussão negativa antes mesmo de lançar a música, mas acreditava que aquele seria o primeiro passo para desvencilhar do rótulo de “hétero top” por meio da canção.

Lucas explicou que, ao longo dos anos, sempre admirou o trabalho de Pabllo, desde antes da cantora se tornar uma estrela do pop. “Eu conhecia o trabalho da Pabllo há muito anos, antes dela ser a Pabllo. A gente tem amigos em comum, porque eu tinha pessoas em Uberlândia, onde ela morava. Eu sempre achei ela talentosa ao extremo, tanto é que, quando vi os primeiros vídeos dela no Instagram, mandei para o meu empresário. Falei: ‘investe nisso, que vai dar muito bom no pop’. Aí ele acreditou”, disse ele

Lucas revelou também que, ao entrar para o mundo do sertanejo, foi estigmatizado como um “hétero top”, o que o levou a buscar formas de se distanciar desse rótulo. “O cara heterozaço, sertanejo, e eu pensei: ‘Se eu fizesse um movimento de gravar isso com a Pabllo, eu acho que vou dar o primeiro passo em direção ao invísvel, ao pioneirismo’. Pensei: ‘Se eu fizer isso, vou deixar a cabeça do povo num trevo para ajuda a, no futuro, ter menos preconceito”, disse.

Em seguida, citou a nova colaboração da drag queen com João Gomes. “Agora o João Gomes está gravando com ela e ninguém está chamando ele de v*ado igual fizeram comigo”, adiantou. “Eu recebi muita crítica, porque nasci no sertanejo, foi como se o pessoal tivesse me cancelado. De fato, aconteceu isso”, relembrou. No entanto, a pressão das críticas afetou emocionalmente o cantor, que relatou ter passado por uma fase difícil. “Entrei numa depressão braba, porque eu não conseguia lidar bem com a enxurrada de críticas, mas o que me ajudou e me ajuda até hoje é esse propósito, daqui 50 anos uma pessoa vai ver aquele clipe e vai entender a mensagem que eu quis passar”, explicou o artista.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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