Serial killer indiano revela que rejeição e insultos sobre sua sexualidade motivaram seus crimes
Em um dos casos mais perturbadores da índia recente, Ram Saroop, conhecido como Sodhi, chocou a opinião pública ao confessar que profundos traumas emocionais e constantes insultos sobre sua sexualidade o levaram a cometer uma série de assassinatos brutais. Aos 33 anos, Sodhi revelou às autoridades que a humilhação e os ataques pessoais ligados à sua identidade sexual o impulsionaram a uma jornada sangrenta que culminou na morte de pelo menos 11 homens em um período de 18 meses. Segundo o portal India Today, o assassino utilizava roupas femininas para atrair suas vítimas em rodovias no estado de Punjab, criando uma narrativa macabra de vingança e dor.
Os detalhes perturbadores de seus crimes sugerem que Sodhi não escolhia suas vítimas ao acaso. Ele tinha como alvo homens que o rejeitavam ou se recusavam a pagar por serviços sexuais, muitas vezes após insultá-lo de forma cruel. Um dos casos mais chocantes envolve Maninder Singh, de 37 anos, que zombou da sexualidade de Sodhi e fez comentários depreciativos sobre seu corpo. Esse incidente foi o estopim para que Sodhi o assassinasse durante o que parecia ser um assalto em uma rodovia. O corpo de Maninder foi encontrado próximo a Kiratpur Sahib, e um cachecol deixado por Sodhi na cena do crime foi a pista que levou à sua captura. Durante o interrogatório, ele confessou que seus atos de violência eram uma tentativa de lidar com a raiva e a rejeição acumuladas ao longo dos anos.
A história de Sodhi é marcada por abandono e uma identidade que floresceu em meio a adversidades. Durante sua infância, ele se sentia atraído por roupas e maquiagens femininas, uma prática que mantinha em segredo devido ao medo de represálias. Sua identidade começou a se consolidar quando se mudou para Dubai, em 2005, aos 22 anos, onde assumiu sua homossexualidade. Apesar disso, o preconceito e a discriminação nunca o abandonaram, alimentando uma espiral de dor e violência. Seu primeiro assassinato ocorreu no início de 2024, quando matou Harpreet Singh, um militar aposentado, após uma briga por dinheiro. Harpreet se recusou a pagar pelo encontro sexual, e Sodhi, em um ato de ira, deixou sua marca ao escrever “dhokebaaz” (trapaceiro) no corpo da vítima.
As investigações continuam, mas até agora Sodhi foi ligado a seis assassinatos confirmados, enquanto outros cinco ainda estão sob averiguação. Suas vítimas variavam de mecânicos a seguranças, e em alguns casos ele as atraía pedindo carona antes de atacá-las.