Congresso se ilumina com as cores da bandeira trans em ação de Duda Salabert e Erika Hilton

Nesta quarta-feira (29/01), o prédio do Congresso Nacional será iluminado nas cores da bandeira do orgulho trans – azul, branco e rosa -, em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade Trans. A iniciativa da iluminação especial foi proposta por Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (PSOL-SP), as primeiras mulheres trans eleitas deputadas federais no Brasil.

Para Duda Salabert, a luta pelos direitos de pessoas trans e travestis deve ser diária e é preciso que a política seja cada vez mais ocupada pela comunidade. “Nada para nós é garantido e nem será jamais enquanto formos tão poucas ocupando espaços de poder. Colocamos o pé na porta do poder legislativo, mas ainda não é suficiente. Precisamos de mais pessoas trans na Câmara dos Deputados, no Senado, nos Ministérios, nas direções partidárias, no judiciário. É preciso mostrar a esse governo e aos outros que virão que nossas vidas e nossos direitos não podem ser moedas de troca, não é aceitável a covardia de não mais se falar em gênero, em pessoas trans, com medo de pânicos morais causados pela extrema direita”, destacou Duda.

Já Erika Hilton, ressaltou o simbolismo da ação e a necessidade de demarcação de espaços políticos em tempos de retrocessos. “Mais uma vez trazemos as nossas cores, a nossa visibilidade, para o centro do poder político brasileiro. Neste ano, nossa iniciativa é ainda mais importante, pela conjuntura que se desenha internacionalmente e que tem reflexos no nosso país, de ataques e tentativas de retrocessos para a comunidade trans, mas para todas as minorias. Nossa iniciativa é simbólica, mas mais do que isso, é um lembrete de que estamos aqui, prontas para resistir e batalhar para que o Congresso Nacional não seja apenas iluminado com nossas cores, mas que seja protagonista na discussão e proposição de políticas públicas que garantam a nossa cidadania”, afirmou a deputada.

A data, celebrada desde 2004, marca o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”, promovida em um ato histórico no Congresso Nacional, em Brasília. Desde então, a causa tem conquistado importantes avanços, como o Decreto nº 8.727, de abril de 2016, que garante o direito ao uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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