Homens ficam bem de lingerie? Debate nas redes divide opiniões da comunidade gay

O uso de lingerie masculina voltou a ser tema de um intenso debate online, reacendendo discussões sobre autoexpressão, masculinidade e liberdade de escolha. No X (antigo Twitter), um usuário gay com quase 18 mil seguidores deu início à polêmica ao postar: “Sinceramente, acho que lingerie feminina em homens não fica bem”. Apesar de esclarecer que sua opinião não tinha a intenção de diminuir homens efeminados, a declaração provocou uma enxurrada de reações de todas as direções, evidenciando a crescente popularidade – e polarização – desse estilo de roupa íntima.

Historicamente vista como tabu, a lingerie masculina ganhou força nos últimos anos com o lançamento de marca e coleções específicas dedicadas ao estil. Assim como as jockstraps, peças que também enfrentaram preconceitos no passado, a lingerie tem ganhado destaque por desafiar normas de gênero e proporcionar novas formas de expressão. No entanto, enquanto a jockstrap carrega uma conotação esportiva e homoerótica, a lingerie é vista por muitos como exclusivamente ligada ao sex appeal feminino, o que alimenta ainda mais o debate.

Na rede social, opiniões se dividem. “Eu fico excitado instantaneamente quando vejo caras de tanga, qualquer coisa de lingerie, para ser sincero”, escreveu um internauta. Por outro lado, outro usuário defendeu o ponto inicial: “Todos nós temos nossas opiniões controversas. Esta é uma das minhas”. A discussão também abriu espaço para reflexões sobre como a moda pode ser um veículo de empoderamento. “Assim como as mulheres usam lingerie para expressar sensualidade, homens e indivíduos de gênero neutro podem fazer o mesmo”, destacou um site especializado no tema.

Entre críticas e aplausos, o debate reforça a diversidade dentro da comunidade LGBTQIAPN+, mostrando que não há certo ou errado quando o assunto é estilo pessoal. Como resumiu um internauta: “Algumas pessoas acham que lingerie masculina fica incrível, e eu amo isso para elas. Cada um com o seu! Nossas opiniões e gostos nos tornam únicos”. O que fica claro é que, independentemente das opiniões divergentes, a roupa íntima continua sendo uma ferramenta poderosa de autoconfiança e autoexpressão.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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