Leitores do Pheeno compartilham relatos emocionantes sobre homofobia na adolescência

A história do adolescente Rogério, que viralizou nas redes sociais ao relembrar um retrato da homofobia nos anos 1990, emocionou e inspirou seguidores do Pheeno a compartilharem suas próprias vivências. O vídeo, que mostra Rogério desabafando sobre o bullying constante que sofria na escola, foi exibido originalmente no programa da apresentadora Márcia Goldschmidt e ganhou nova repercussão após ser divulgado no X. No Instagram do Pheeno, os seguidores transformaram a sessão de comentários em um espaço de acolhimento e desabafo, revelando histórias marcantes de dor, resistência e superação.

Entre os relatos, o seguidor @marcio.pannunzio compartilhou: “Conheço cada milímetro dessa dor, angústia, sofrimento. Seja na escola, na vizinhança e até dentro da própria família. Desde muito cedo, eu aprendi a confiar no futuro pra resistir e sobreviver. Naquela época, a gente era arrancado do armário à força e jogado aos leões diariamente, antes mesmo de entendermos a nossa natureza.” Já @rodrigoteixeirareal lembrou da importância do apoio familiar: “Eu fui uma criança como o Rogério – sensível, diferente e alvo fácil num tempo onde ser gay era quase uma sentença. Só não me apagaram porque minha mãe sempre dizia: ‘Deixa o Rodrigo’ – e esse simples gesto de amor me protegeu até que eu pudesse ser o homem que sou hoje. Acolhimento salva vidas.”

Outros relatos reforçam como a homofobia se manifestava até em pequenos gestos cotidianos. @cesar.soares.leal, de 51 anos, contou: “Lembro de uma certa vez que eu estava sentado na calçada de casa olhando os meninos da rua jogando bola e simplesmente um deles veio na minha direção e me empurrou, tentou me bater (mas minha mãe chegou na hora e me protegeu) apenas por eu não gostar de jogar bola, que na época era sinônimo de ser homossexual.”

Apesar das histórias de dor, muitos comentários também trouxeram um tom de esperança e resiliência. @oll1wer_ refletiu: “Pior de tudo é que nos anos 2000, minha geração, também persistia esse tipo de comportamento. Eu amava ir pra escola, mas odiava o recreio, porque era obrigado a jogar futebol, os meninos me maltratavam e até batiam porque não sabia jogar… Foi muito doloroso viver tudo aquilo… Mas evoluímos, né? Não como queríamos, mas evoluímos.” O Pheeno convida você a compartilhar sua história nos comentários e reforça a importância de continuarmos lutando por um mundo mais acolhedor e livre de preconceitos.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!