Drag Fallon denuncia sorofobia e falta de valorização artística na cena LGBTQIAPN+ de BH
A drag queen Fallon, um dos nomes mais conhecidos da cena drag de Belo Horizonte, usou suas redes sociais para expor problemas graves dentro da noite LGBTQIAPN+ da capital mineira. Em uma série de stories no Instagram, a artista denunciou a sorofobia escancarada em alguns espaços da cidade, além de criticar a falta de valorização e as dinâmicas excludentes da cena drag local.
“Aqui em BH, existem lugares que não dão espaço a pessoas vivendo com HIV! A sorofobia é escancarada! Chega de achar que está tudo bem!”, desabafou Fallon. Além da discriminação relacionada ao HIV, a drag queen destacou as dificuldades enfrentadas por artistas que não fazem parte de “panelinhas” dominantes. “NÃO TEM VALORIZAÇÃO NENHUMA! DRAG AQUI É SUCATEADA! E o pouco meio que tem é só panelinha! Para você fazer parte, tem que dar, tem que chupar, tem que fazer o caralho A4”, afirmou. Fallon também relatou situações em que oportunidades eram oferecidas sem qualquer estrutura ou remuneração, com a justificativa de “pagar com visibilidade”.
A artista ainda comparou a receptividade de Belo Horizonte com a de outras cidades, como o Rio de Janeiro, onde diz se sentir mais valorizada. “Eu só estou indo pra um lugar que me valoriza enquanto artista, que me apoia, que me oferece uma estrutura e principalmente paga o meu CACHÊ”, explicou. Fallon também dirigiu críticas às drags já estabelecidas na cena local, acusando-as de não abrir espaço para iniciantes e transformar tudo em competição. “Se você é iniciante, ou deseja ser DRAG QUEEN em BH, ESQUEÇA! A menos que você LAMBA o c* das panelas”, disparou.
Para finalizar, Fallon reforçou que a sorofobia é crime no Brasil, citando a Lei nº 12.984/2014, que prevê punição para quem discrimina pessoas vivendo com HIV. “Belo Horizonte nunca será um lugar acolhedor, DEMOCRÁTICO, e IGUALITÁRIO para a comunidade, enquanto agir dessa forma”, concluiu.









