Jovem gay luta pela vida após espancamento brutal em possível crime homofóbico em Goiás
Um jovem de 22 anos, identificado como José Mateus Mariano, luta pela vida após ser vítima de um violento espancamento na madrugada de domingo (30/03), em Urutaí, sudeste de Goiás. A família suspeita que o crime tenha motivação homofóbica, já que, segundo relatos, José teria sido atraído por dois menores até uma praça, onde outro homem o aguardava para a emboscada. O jovem foi socorrido em estado grave e levado para a UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde aguarda uma tomografia para avaliar a extensão dos ferimentos — exame que está indisponível no local devido a manutenções.
De acordo com Juliana Martins Mariano, prima da vítima, José estava em um comércio quando foi chamado pelos agressores até a praça central da cidade. “De repente, ele foi seguido e agredido de forma brutal”, relatou ela ao portal Mais Goiás. O primo de José chegou a tempo de ouvir os gritos e presenciou os agressores chutando e espancando o jovem. A violência foi tão extrema que ele sofreu um corte profundo na cabeça, fraturas nas costelas e possíveis lesões internas, necessitando de atendimento urgente. “Ele precisa de uma tomografia imediatamente. Sem isso, os médicos não conseguem saber a real gravidade”, desabafou Juliana.
A família acredita que o crime foi motivado por homofobia. “Todos que estavam com ele naquele dia têm certeza de que foi um ataque homofóbico. Os agressores são conhecidos, dois são menores e o outro é aluno do IF Goiano”, afirmou Juliana. “Bateram muito nele, chutaram os órgãos genitais e o xingavam em referência à sexualidade”. A Polícia Militar já identificou os suspeitos: os dois menores foram apreendidos, enquanto o adulto foi detido e liberado em seguida. “Meu primo está lutando pela vida, e queremos justiça. Isso não pode ficar impune”, cobrou a prima, exigindo uma resposta rápida das autoridades.
Enquanto José Mateus permanece internado em estado grave, o HUGO informou que o serviço de tomografia está temporariamente suspenso, mas que está buscando transferi-lo para outra unidade. O caso segue sob investigação, mas a demora no exame preocupa a família, já que cada minuto pode ser decisivo para a recuperação da vítima.