Marco Pigossi comenta cenas de nudez e sexo gay em novo filme: “Um entrelaçar de corpos”

Em seu mais recente trabalho, o filme Maré Alta, Marco Pigossi encara um papel desafiador e cheio de camadas: Lourenço, um imigrante brasileiro nos EUA que redescobre sua sexualidade ao se envolver com o enfermeiro Maurice (James Bland). Em entrevista ao Gshow, o ator explicou que seu personagem vive uma jornada de cura e autoconhecimento: “Ele teve violência bruta em outras experiências sexuais e, com Maurice, descobre o que é intimidade, conexão verdadeira”. A trama, que recém estreou nos cinemas brasileiros, promove uma narrativa sensível sobre amor, aceitação e a beleza do afeto entre homens gays.

Pigossi, que já havia gravado cenas de nudez com mulheres, revelou que filmar sequências íntimas com outro homem não foi um tabu. “Foi minha primeira vez, mas é a mesma dinâmica: um entrelaçar de corpos”, contou. O ator destacou ainda a importância do coordenador de intimidade, profissional exigido em produções norte-americanas para garantir segurança e respeito durante as gravações. “São cenas técnicas, com toda uma equipe ao redor, mas que precisam ser tratadas com cuidado”, explicou.

O brasileiro não poupou elogios ao colega de elenco James Bland, com quem construiu uma parceria rápida, porém intensa. “Tive um parceiro brilhante. Ele entendeu a essência dessa história e se doou completamente”, afirmou Pigossi. A conexão entre os atores foi tão natural que Bland, que já viveu situações semelhantes às do personagem, trouxe uma carga emocional poderosa para o filme. “Ele abraçou esse projeto com muito amor”, completou o ator, emocionado com o resultado final.

Apesar da segurança no set, Pigossi admitiu sentir um frio na barriga ao assistir Maré Alta com o público brasileiro, mais acostumado a vê-lo em novelas. “Confesso que me deu nervosismo — ‘Meu Deus, como eu tô nu!'”, brincou. Mas logo reforçou: “São cenas bonitas, que celebram a intimidade e contam uma história importante”. Dirigido por Marco Calvani, marido do ator, o filme foi um projeto a dois, carregado de significado. “Chamamos de nosso primeiro filho. Nos uniu ainda mais”, revelou.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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