Renato Aragão nega discriminação contra filha lésbica e rebate acusações: “Não vou me calar”
Renato Aragão se manifestou publicamente após as declarações do jornalista Rafael Spaca, que afirmou em entrevista ao Salada Cast que Juliana Rangel Aragão, filha do humorista, seria “ignorada” pelo pai devido à sua orientação sexual. Juliana, que é motorista de aplicativo e vive um relacionamento homoafetivo, havia compartilhado em suas redes sociais dificuldades financeiras, levantando questionamentos sobre seu relacionamento com a família. Renato, no entanto, negou veementemente qualquer tratamento diferenciado.
“Ela é minha filha tanto quanto o Paulinho, o Ricardo, o Renato Jr. e a Lívian. Nunca fiz diferença – nem pela escolha sexual (sic) dela, nem por ser adotiva. Filho é filho”, disse o humorista, em entrevista ao F5, da Folha de S. Paulo, divulgada nesta segunda-feira (14/04). Renato, conhecido por preservar a privacidade da família, falou sobre os desafios da fama e como sempre optou pelo silêncio para proteger seus entes queridos. “A fama traz dois lados, com os quais eu sempre lidei. Sempre carreguei o ‘outro lado’, de forma discreta, com o meu humor, tentando poupar os meus filhos, minha mulher, valorizando o que tem valor… Nunca quis dar valor ao que não merece porque não agrega nada nem à minha história nem ao dia a dia de ninguém. E aí sempre optei por me calar. Deixar a banda passar”, explicou.
Renato também destacou que Juliana nunca foi abandonada e que sempre recebeu apoio quando necessário, rebatendo insinuações de negligência financeira. “Sobre dinheiro, nunca tivemos problema nenhum quanto a isso. Toda vez que ela precisou, ela teve. Meus filhos são autônomos, trabalham como diretores e músicos, e estamos sempre juntos mesmo eles tendo suas próprias vidas e famílias. Não escondo ninguém, minha família sempre foi pública, tá até no Google, mas eles são discretos e têm vida própria e particular”, afirmou.
Além disso, Renato Aragão denunciou uma suposta campanha de difamação contra sua família, acusando grupos mal-intencionados de espalharem desinformação. “De uns anos para cá está ficando difícil, sabe? Porque não só eu mas a minha família tem sofrido uma campanha orquestrada de difamação, que tem método, usa mentira e desinformação como armas, é mal intencionadas”, desabafou. “Não vou mais me calar“, afirmou.
Sobre a vida de Juliana, Renato explicou que a filha adotiva, discreta e mãe de uma adolescente de 17 anos, sempre teve liberdade para fazer suas escolhas, incluindo a profissão de motorista de aplicativo. “Foi uma escolha dela e digna, como qualquer outro trabalho. Hoje a Juliana não mora conosco, mas a filha dela mora e tem uma relação incrível comigo”, finalizou. Quanto à vaquinha online que Juliana teria organizado em 2001 para compra de medicamentos, Renato afirmou não ter conhecimento do caso.