Após ordem de Trump, Pentágono inicia expulsão de militares trans: “Encerrando essa palhaçada”

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou, nesta quinta-feira (08/05), o processo de desligamento de cerca de mil militares que se identificaram abertamente como pessoas trans. A medida segue uma nova diretriz emitida pelo Pentágono após a Suprema Corte autorizar, na última terça (06/05), o governo de Donald Trump a restringir a presença de pessoas trans nas Forças Armadas. Segundo o documento, quem ainda não se manifestou sobre sua identidade de gênero terá 30 dias para deixar voluntariamente o serviço militar.

O clima é de caça às bruxas. O Pentágono anunciou que passará a revisar prontuários médicos em busca de diagnósticos de disforia de gênero, mirando militares que não tenham se declarado oficialmente como trans. Estimativas da CNN indicam que, até dezembro de 2024, havia pelo menos 4.240 militares com esse diagnóstico entre ativos, membros da reserva e da Guarda Nacional. Embora o número represente uma fração dos cerca de 2 milhões de militares em serviço, o próprio governo admite que a quantidade real pode ser maior.

A nova diretriz se assemelha a um memorando de fevereiro, que havia sido suspenso por ações judiciais. Na época, o Pentágono ofereceu 30 dias para que militares se identificassem como trans — o que resultou em cerca de mil declarações. Agora, segundo o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, essas pessoas “iniciarão o processo de desligamento voluntário”. Nos bastidores, o sentimento é de pressão e medo entre os afetados, que veem seus direitos sendo rasgados diante de um governo que insiste em retrocessos.

A postura da atual administração norte-americana foi escancarada pelo próprio secretário de Defesa, Pete Hegseth. Em publicação na rede X (antigo Twitter), ele declarou: “Chega de trans no Departamento de Defesa”. Em evento anterior à decisão da Corte, Hegseth já havia sinalizado o endurecimento da política: “Estamos deixando para trás o politicamente correto e a fraqueza. Chega de pronomes. Chega de caras de vestido. Estamos encerrando essa palhaçada”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!