Cynthia Erivo rebate críticas por viver Jesus Cristo em musical: “É o lugar mais gay do mundo”
A escalação da atriz e cantora Cynthia Erivo para interpretar Jesus Cristo em uma temporada especial do musical Jesus Christ Superstar causou um verdadeiro rebuliço entre os conservadores religiosos. Conhecida por seu papel em Wicked e por sua potente presença vocal, Erivo dará vida ao personagem central da obra de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice durante três apresentações no lendário Hollywood Bowl, em Los Angeles, Califórnia, de 1 a 3 de agosto. A controvérsia surgiu imediatamente após o anúncio, com setores mais conservadores criticando o fato de uma mulher negra e LGBTQ+ estar assumindo o papel principal.
A escolha de Erivo, no entanto, não foi isolada — e veio acompanhada de outra escalação poderosa: Adam Lambert, vocalista do Queen e ícone LGBTQ+, será Judas na produção. Juntos, os dois prometem transformar o clássico musical de rock em uma experiência arrebatadora e atual. Mas como já era de se esperar, o conservadorismo deu chilique: redes sociais foram inundadas por comentários revoltados, questionando a legitimidade da encenação e o que eles chamam de “distorção” da obra original.
Em entrevista à Billboard, Cynthia deu uma resposta afiada para os críticos: “Por que não?”, questionou, com firmeza. “Você não pode agradar a todos. É uma apresentação legítima de três dias no Hollywood Bowl, onde eu posso cantar com toda a minha força. Então, espero que eles venham e percebam: ‘Ah, é um musical, o lugar mais gay do mundo’.”
Essa não é a primeira vez que Erivo se conecta ao universo de Jesus Christ Superstar. Há apenas três anos, ela participou do álbum She Is Risen, que reuniu apenas mulheres interpretando canções do espetáculo. E se os conservadores se incomodam com representações LGBTQIA+ em papéis centrais, talvez tenham esquecido que nomes como John Legend, Declan Bennett (também gay) e Julian Clary (comediante abertamente gay) já brilharam em versões anteriores da obra.