Homem que cometeu lesbofobia em supermercado de BH já agrediu jovem dentro de sauna gay
O caso de lesbofobia registrado no último domingo (08/06) em um supermercado de Belo Horizonte ganhou novos contornos após a identificação do agressor. Paulo Henrique Mariano Cordeiro, de 35 anos, não é um desconhecido das autoridades. Com um histórico de episódios violentos que remonta à adolescência, ele já esteve envolvido em pelo menos cinco ocorrências policiais ao longo dos últimos anos — incluindo uma agressão a um jovem dentro de uma sauna gay no Centro da capital mineira, em 2009.
No episódio mais recente, Paulo Henrique insultou um casal de mulheres que fazia compras acompanhado do filho em processo de adoção, no bairro Nova Suíssa, Região Oeste de BH. A discussão teria começado quando ele e sua companheira perceberam que a criança estava com duas mães. O homem então iniciou uma série de ataques verbais, registrados em vídeo pelas vítimas. “Sapatão, filha da p*, é isso que você é. Sapatão não gosta de ‘pagar de’ homem? Mas nessas horas, não é homem, né?”, disparou. A Polícia Civil instaurou um inquérito e informou que os envolvidos serão intimados.
O histórico violento de Paulo Henrique inclui a agressão de 2009, quando, aos 19 anos, ele foi levado a uma delegacia após espancar um jovem de 22 anos dentro de uma sauna gay. Segundo a vítima, dois homens se aproximaram sob o pretexto de conversar, mas logo o atacaram com socos e o seguraram pelo pescoço. Ainda em 2010, ele se envolveu em uma briga no Edifício Araguaia, onde quebrou o vidro da recepção durante um confronto com outro homem. Quando a Polícia Militar chegou, os envolvidos já tinham ido embora. O motivo da confusão não foi registrado no documento da polícia.
Já em 2020, brigou com um parente após recusar ajuda com compras, e, em 2007, quando ainda era adolescente, agrediu a própria tia por causa de uma bicicleta. Segundo o boletim de ocorrência, ele afirmou aos policiais que “perdeu a paciência e passou a agredir a vítima”. A escalada de comportamentos agressivos praticados por Paulo Henrique evidencia um padrão de conduta que vai além do episódio recente. A expectativa agora é que a investigação avance e que o agressor responda judicialmente por mais esse episódio de violência.