Lenacapavir: Injeção semestral contra o HIV ganha aval da OMS e amplia acesso à prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (15/07) novas diretrizes que recomendam o uso do lenacapavir injetável como uma alternativa inovadora de profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV. Aplicado apenas duas vezes ao ano, o medicamento representa um marco na luta global contra o vírus e oferece uma solução mais prática para pessoas em situação de vulnerabilidade. Atualmente, a PrEP disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017 é oral e de uso diário, o que compromete a adesão de parte da população.

“Embora uma vacina contra o HIV ainda seja incerta, o lenacapavir é a melhor opção: um antirretroviral de ação prolongada que, em ensaios clínicos, demonstrou prevenir quase todas as infecções por HIV entre pessoas em risco”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. O remédio, comercializado sob o nome Yeztugo pela farmacêutica Gilead Sciences, foi aprovado em junho pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos.

O anúncio foi feito durante a 13ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids sobre Ciência do HIV, realizada em Kigali, Ruanda. Embora promissor, o lenacapavir ainda não é considerado uma vacina, já que não estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos. Ele atua diretamente no combate ao vírus, impedindo que o HIV se replique no organismo. Por isso, é essencial que o fármaco permaneça circulando no sangue, de forma contínua.

Apesar do acesso ainda limitado fora dos ensaios clínicos, a OMS fez um apelo urgente para que governos, doadores e parceiros da saúde iniciem imediatamente a incorporação do medicamento em programas de prevenção combinada. “O lançamento das novas diretrizes da OMS, juntamente com a recente aprovação da FDA, marca um passo crucial na expansão do acesso a essa poderosa ferramenta. A OMS está comprometida em garantir que essa inovação chegue às comunidades o mais rápido e seguro possível”, reforçou Ghebreyesus.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!