Trump considera proibir pessoas trans de terem armas, rotulando comunidade como “doente mental”

O governo de Donald Trump voltou a colocar a comunidade trans no centro de um novo embate político. De acordo com informações divulgadas pela CNN, autoridades do Departamento de Justiça estariam analisando propostas para impedir que pessoas trans comprem e possuam armas nos Estados Unidos.

A discussão surge após um tiroteio em massa ocorrido em 27 de agosto, em Minneapolis, quando Robin Westman, de 23 anos, abriu fogo contra os vitrais da Escola Católica Annunciation durante uma missa de volta às aulas, matando duas crianças e ferindo outras 21. Westman, que se acredita ser transgênero, morreu no local com um ferimento autoinfligido.

O episódio, investigado pelo FBI como terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos, serviu de gatilho para que aliados de Trump ventilassem a possibilidade de classificar pessoas trans como “inerentemente doentes mentais”. Essa definição seria usada como justificativa legal para restringir seu direito à posse de armas — uma proposta que coloca em choque a Segunda Emenda, fortemente defendida por conservadores, e os direitos civis da população trans. Segundo as fontes ouvidas pela CNN, a ideia seria enquadrar a disforia de gênero como condição incapacitante, limitando o acesso a armamentos.

Apesar das tentativas de associar identidades trans a crimes violentos, dados mostram o oposto. Uma pesquisa do The Violence Project, que analisou mais de 190 tiroteios em massa desde 1966, aponta que homens cisgênero são responsáveis por 97% dos ataques em locais públicos. Já o Washington Post, em análise de março de 2023, destacou que, proporcionalmente, seria esperado que pessoas trans estivessem envolvidas em apenas um tiroteio em massa nos EUA. Mesmo assim, políticos e grupos conservadores insistem em inflar a narrativa de que a comunidade trans representa um risco coletivo à segurança pública.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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