Globo desiste de documentário sobre a icônica G Magazine por falta de história “atraente”
A Globo anunciou o cancelamento do documentário que contaria a história da icônica G Magazine, revista voltada para o público gay que marcou os anos 1990 e início dos anos 2000. A produção, que estava em desenvolvimento desde 2024, foi descartada porque, segundo a emissora, não conseguiu apresentar uma narrativa suficientemente envolvente para o público. A confirmação veio durante um evento para jornalistas do Globoplay, em São Paulo, nesta quarta-feira (29), segundo informações da coluna F5, da Folha de S. Paulo.
Manuel Belmar, principal executivo da plataforma, explicou que “precisa ser algo atrativo. Não aconteceu isso no documentário sobre a G Magazine. Para ‘Vale o Escrito 2’, a gente está com isso no forno e espera fazer”, destacando que a decisão foi puramente criativa, de acordo com a F5. A série pretendia explorar bastidores da revista, os desafios enfrentados por artistas que posaram para os ensaios e o impacto da publicação na comunidade LGBTQIA+ e no mercado editorial dominado pelo nu feminino.
Lançada em 1997 e circulando até 2013, a G Magazine publicou 176 edições e ficou famosa por mostrar a nudez masculina sem pudores. Curiosamente, suas primeiras cinco edições tinham outro nome: Bananaloca. Segundo os editores da época, o título original não transmitia o apelo necessário para conquistar os leitores, o que motivou a mudança.
Entre os nomes que seriam entrevistados estavam celebridades como Alexandre Frota, Mateus Carrieri, Latino, Vampeta, Túlio Maravilha, Tony Salles e Rodrigo Phavanello. Todos contribuíram para consolidar o sucesso da revista e a transformar em um ícone da cultura pop LGBTQIA+. Apesar do cancelamento, a G Magazine segue sendo lembrada como um marco da representação gay na mídia brasileira.

