Benny Briolly reforça importância do Enem após aprovação histórica de cotas para pessoas trans na UFRJ

A vereadora e ativista Benny Briolly voltou a reforçar, nesta semana, a importância do Enem como ferramenta concreta de acesso à universidade pública — especialmente após a vitória histórica das cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias na UFRJ. A nova política, aprovada pelo Conselho Universitário, garante 2% das vagas em todos os cursos de graduação e pós-graduação, assegurando ao menos uma vaga mesmo nas formações com poucas oportunidades. A medida é resultado direto da articulação entre a Rede Trans UFRJ, o Coletivo Rua e o mandato de Benny, que vêm ampliando o debate sobre ações afirmativas no país.

Com a segunda etapa do Enem marcada para este fim de semana, a parlamentar destaca que o exame ganha um novo significado para uma população historicamente excluída do ensino superior. Segundo Benny, a prova passa a representar “uma chance real de reparação histórica e inclusão”, sobretudo diante dos índices de evasão escolar e da baixa presença de pessoas trans nas universidades públicas brasileiras. Para ela, “o Enem deixa de ser apenas uma avaliação e se torna uma porta aberta para disputar espaços que sempre foram negados”.

Benny também ressalta que o impacto da decisão ultrapassa os muros da UFRJ. O Rio de Janeiro se fortalece como referência nacional em políticas afirmativas, especialmente após a implementação de cotas trans na UFF, articulada ainda no início de seu mandato. Paralelamente, em Niterói, a vereadora segue trabalhando na construção de uma política municipal de inclusão educacional, com previsão de pré-vestibulares específicos e ações formativas envolvendo prefeitura, sociedade civil e instituições de ensino.

Com o debate avançando e a política de cotas se consolidando, a parlamentar convoca pessoas trans a não abrirem mão da oportunidade e realizarem o Enem. Segundo ela, este é “um momento decisivo”, em que a mobilização coletiva se transforma em possibilidade real para cada candidata e candidato trans. “A conquista está ao alcance de quem decidir fazer a prova. É hora de acreditar e seguir”, conclui Benny.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!