‘Maria Sapatão’ e ‘Cabeleira do Zezé’ são banidas de blocos no Rio

Reproduzidas há décadas, algumas marchinhas já não podem ser aceitas, pois reforçam uma cultura preconceituosa e machista no Brasil. É o caso das músicas “Maria Sapatão”, “Cabeleira do Zezé”, “Índio Quer Apito” e “O Teu Cabelo Não Nega”, que foram banidas de blocos do Rio de Janeiro.

Alguns grupos da folia do Rio de Janeiro, como o “Mulheres Rodadas” e o “Cordão de Boitatá”, defendem que as letras sejam banidas dos desfiles. No entanto, ainda hoje muitos blocos discordam da proibição e afirmam que elas não foram escritas para desrespeitar as pessoas. Presidente do Cordão da Bola Preta, um dos mais tradicionais blocos da cidade, Pedro Ernesto Marinho discorda da proibição.

“Não consideramos essas marchinhas ofensivas. Quem as compôs, certamente, não tinha essa intenção. Carnaval é uma grande brincadeira. Essa polêmica não vai levar ninguém a lugar algum e até desmerece o carnaval. O preconceito está mais dentro das nossas cabeças do que nas marchinhas”, afirmou Pedro em entrevista ao O Globo.

Já Integrantes de grupos como Mulheres Rodadas, que surgiu do movimento feminista, Cordão do Boitatá e Charanga do França defendem que as letras sejam banidas. “Se a gente é um bloco feminista, não temos como passar ao largo dessas coisas. Se isso está sendo considerado ofensivo, acho que a gente não deve fazer coro”, disse Renata Rodrigues, uma das organizadoras do Mulheres Rodadas, para à rádio CBN.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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