Traficantes estão usando aplicativos de pegação gay para venda de drogas
Criminosos encontraram uma nova função para os aplicativos de pegação gay: o tráfico de drogas! Traficantes estão aproveitando as vantagens que os aplicativos oferecem para comercializar drogas ilícitas em São Paulo.
De acordo com a reportagem do UOL, as vendas acontecem através dos aplicativos Grindr e Hornet. A preferência por essas duas plataformas acontece devido à geolocalização e à ausência de filtros de pesquisa. Desse modo, os apps mostram qualquer pessoa que estejam por perto, sem levar em conta a idade ou preferências. Além disso, procurar pessoas que estejam por perto ajuda o traficante a selecionar clientes que estejam onde a entrega é mais fácil. Por fim, estes apps não exigem nenhum tipo de verificação para validar os usuários cadastrados.
Segundo um dos clientes que realiza compras através do Grindr, a venda é simples. “Você pergunta ‘quanto?’, combina de se encontrar e pronto. Recebi até foto da droga pelo app mesmo, para ver se era o que eu queria. Fui até o prédio, chamei na portaria. Dei o nome dele e fui liberado para subir. Ele abriu a porta e me convidou para entrar. Foi um negócio. Ele não tentou nada, não deu em cima de mim em momento nenhum”.
Em nota, Sean Howell, presidente da empresa que administra o Hornet, afirmou não acreditar que o aplicativo seja usado por pessoas que tenham o interesse único de vender drogas. “Todas as fotos públicas de um perfil passam por moderação. Pessoas vendendo drogas (ou qualquer item) costumam fazer o upload das imagens do que vendem. Quando o moderador vê uma imagem de droga (ou de objetos usados para produção e consumo), o perfil é imediatamente suspenso”.
Segundo o Marco Civil da Internet, as empresas proprietárias dos apps não podem ser responsabilizadas por irregularidades realizadas por seus usuários dentro de seus serviços. A lei 11.343, conhecida como Lei Antidrogas, prevê pena de 5 a 15 anos de prisão.