Advogada trans, Robeyoncé consegue mudar nome no registro de nascimento e na OAB
Após oito meses de processo judicial para retificação do nome e gênero no registro civil, a advogada pernambucana Robeyoncé Lima conseguiu na Justiça o direito de alterar nos documentos oficiais de identificação para o que era, até então, seu nome social.
Legalmente, a bacharela em direito passa a ter o nome e gênero femininos em todos os documentos que a representam, como identidade, CPF, passaporte e título de eleitor. Muitos destes, para ela, ainda em processo de mudança. “Felicidade é o que sinto ao saber que minha história de vida está influenciando outras pessoas”, disse Robeyoncé em entrevista ao G1.
“Eu começo a perceber que a minha trajetória serve como referencial para que outras pessoas saibam que, quando se insiste e persiste no sonho, seja ele passar na OAB ou mudar o nome, ela consegue”, continuou. Aos 28 anos, ela leva no currículo, além da profissão de advogada, uma graduação em geografia e o título de primeira transexual aprovada em um exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Pernambuco.
A bacharela em direito tornou-se, em janeiro deste ano, a primeira mulher trans do Norte e Nordeste a exercer a profissão de advogada usando o nome que a representa socialmente na carteira profissional da ordem.