Estudante afirma ter sido agredido por grupo skinhead em Fortaleza

Um jovem relatou ter sido agredido por um grupo de “skinheads” no Bairro Benfica, em Fortaleza, na noite desta quinta-feira (19/01). Segundo o relato postado em redes sociais, “eram uns seis caras” vestidos de preto, que desferiram vários golpes.

“Me cercaram e começaram a me socar, eu só tive a reação de proteger a minha cabeça e gritar por socorro”, diz a vítima. Na mensagem, ele diz que conseguiu fugir em meio aos golpes. “Quando eu vi uma brecha entre dois deles, eu corri, atravessei a avenida, quase fui atropelado.” Ele acredita ter sido um espancamento motivado por homofobia e racismo. “Enquanto eles me batiam, eu só ouvia algo relacionado a eu ser ‘viadinho e um preto imundo’.”

Os skinheads são grupos formados normalmente por homens, que preferem usar roupas pretas e corte de cabelo curto ou raspado. Eles espalham mensagens antissionistas, contra leis voltadas para minorias, e conteúdos xenofóbicos, homofóbicos e racistas. Conforme a Secretaria da Segurança, o caso foi relato a policiais na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, onde funcionam diversos cursos da Universidade Federal do Ceará (UFC). O local é ponto de encontro de LGBTs.

Policiamento

Ainda conforme o relato da vítima, havia policiais próximo ao local, que fizeram uma ronda em busca dos agressores, mas não o encontraram. “Pedi socorro [aos policiais], expliquei a situação, eles com uma cara de má vontade deram uma volta, não acharam ninguém, voltaram, me indicaram a ir na delegacia”, continua.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social informou que a Polícia Militar foi acionada por “um jovem que denunciou ter sido alvo de agressões nas proximidades da Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica”. “Os militares realizaram o patrulhamento pela região, no entanto, ninguém com as características descritas pela vítima foi encontrado”, continua a nota.

A Secretaria de Segurança orienta ainda que a vítima registre boletim de ocorrência para dar início a uma investigação. “Por fim, a SSPDS informa que as denúncias feitas via rede social estão sendo analisadas.”

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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