“Homens gays não existem pra Hollywood”, diz Ian McKellen

Os grandes estúdios de Hollywood têm despertado controvérsia pela representação de personagens LGBT em seus filmes. Pressionados para incluírem gays, lésbicas e transgêneros, em reflexo da sociedade, muitos projetos anunciaram a existência de figuras LGBT, embora sua sexualidade ou identidade de gênero não seja percebida nas histórias.

Os casos mais recentes foram Dumbledore, cuja suposta homossexualidade não será vista na franquia “Animais Fantásticos”, e a pansexualidade de Lando Calrissian, ausente de “Han Solo – Uma História Star Wars”. Valkyrie também teve a sua atração por mulheres cortada de “Thor: Ragnarok”.

Para comentar esta questão, a revista Time Out conversou com um dos atores abertamente homossexuais mais famosos da indústria: Ian McKellen, intérprete de Gandalf, Magneto, Macbeth e Sherlock Holmes. O britânico foi categórico em sua resposta: “Bom, ninguém procura Hollywood por seus comentários sociais, certo? Eles só descobriram recentemente que existem pessoas negras no mundo. Hollywood tem maltratado as mulheres de todas as formas possíveis ao longo da História. Homens gays não existem”.

Para McKellen, o sucesso de Deuses e Monstros (1998) foi “o início do reconhecimento da indústria de que existem gays por aí, mesmo que metade de Hollywood seja gay”. No filme, ele interpreta um diretor de cinema homossexual. A divulgação da entrevista vem um dia depois da publicação do relatório anual da GLAAD, indicando uma queda da representação de personagens LGBT nos filmes.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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