Ossos achados pela polícia em comunidade não são de Matheusa Passarelli

Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investiga a execução da estudante de artes da Uerj Matheusa Passarelli, encontraram ontem pela manhã no Morro do Dezoito, em Água Santa, fragmentos de ossos em uma área usada por traficantes para queimar corpos.

Os resíduos foram encaminhados ao Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), que realizou exames para identificar se pertenciam à universitária. Nesta segunda, à noite, a investigação sobre o paradeiro do corpo voltou à estaca zero: exames apontaram que os ossos eram de um animal.

A estudante, que se identificava como gênero não-binário (nem masculino, nem feminino), foi vista pela última vez no dia 29 de abril, saindo de uma festa na Rua Cruz e Souza, no bairro do Encantado. Ela estaria transtornada e teria caminhado até o Morro do Dezoito, falando frases desconexas e sem roupa. Após chegar ao local, Matheusa foi submetida a um “tribunal do tráfico”, e condenada à morte. Moradores da comunidade contaram à polícia que o corpo da estudante foi incinerado.

De acordo com Gabriel Passarelli, irmão da estudante, todo o processo de investigação do desaparecimento foi acompanhado por ele, pela mãe e por amigos. Segundo Gabriel, as informações mais recentes que ele e a família receberam “demostram diferentes faces da crueldade”.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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