Lésbicas são espancadas por seis homens em quiosque de São Paulo

Duas lésbicas foram vítimas de violência homofóbica, além de serem roubadas, em um quiosque localizado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, no último final de semana.

Carolina e Júlia estavam sentadas em um banco do Quiosque Burgman quando os rapazes se aproximaram proferindo palavras de baixo calão, humilhando-as por causa da orientação sexual, chamando-as de “sapatão”, e, ainda, as assediaram gritando palavras como “gostosa”. Em um relato publicado por uma amiga das vítimas no Twitter, ela contou que o estabelecimento estava cheio de gente, mas “ninguém moveu um dedo” para ajudar as meninas que tiveram escoriações em várias partes do corpo, inclusive os funcionários do bar.

Através do stories do Instagram, uma das vítimas narrou o acontecido, contando a aproximação dos agressores, até o momento em que sua amiga sacou uma canivete para tentar se defender, mas, de acordo com ela, dado o número superior de homens, “não demorou” muito e as duas “estavam no chão”, sendo agredidas, “levando chutes, socos, pontapés e puxões de cabelo”. A vítima afirma ainda que uma das funcionárias do estabelecimento “empurrou” sua amiga, dizendo “tu tá metendo o louco?”.

Por fim, elas contam que a polícia chegou ao local, e as levaram para a delegacia, depois de terem sido revistadas “daquele jeito escroto”. Após falarem com o delegado Marcelo Gonçalves da Silva, de acordo com a denúncia, o mesmo teria se recusado a fazer um boletim de ocorrência por agressão.

Agora, elas estão fazendo uma campanha, colhendo depoimentos de outras pessoas, principalmente mulheres, que já foram vítimas de agressão homofóbica ou machismo no Quiosque Burgman, a fim de apresentarem uma denúncia “robusta” contra o estabelecimento que, até o momento, não se manifestou sobre o assunto.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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