Enfermeiro gay morre vítima de coronavírus nos EUA; colegas culpam falta de materiais de proteção

Morreu na cidade de Nova York na última terça-feira (24/03), aos 48 anos, o enfermeiro Kious Kelly, que trabalhava no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. Kelly, que era abertamente gay, talvez tenha sido o primeiro enfermeiro da cidade a morrer em decorrência do vírus, relatou o The New York Times.

De acordo com a publicação, o enfermeiro era portador de uma doença crônica e morreu em decorrência de complicações de saúde. Em mensagem enviada para sua irmã no último dia 18 de março, Kelly afirmou que havia estado positivo para o novo coronavírus e estava internado com um respirador numa unidade de terapia intensiva.

“Estou bem. Não conte para mamãe e papai. Eles ficarão preocupados”, escreveu o enfermeiro para sua irmã, Marya Petrice Sherron. Esta foi sua última mensagem. As mensagens seguintes de Marya para ele ficaram sem respostas. Menos de uma semana depois, ele morreu. Sua irmã contou que ele tinha asma, mas estava bem. “Sua morte poderia ter sido evitada”, postou Marya no Facebook, na última quarta. Mais tarde, ela acrescentou: “Estou furiosa. Ele era saudável”.

Ainda conforme a publicação, profissionais a área da saúde do hospital onde Kious trabalhava, o Mount Sinai West, estão com falta de equipamentos necessários. Por exemplo, eles têm utilizado sacos de lixo como aventais.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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