Ex-The Voice Leandro Buenno revela ter HIV e critica governo Bolsonaro
O ex-participante do “The Voice Brasil” Leandro Buenno, de 27 anos, admitiu em uma live com o influenciador digital João Vivas que tem HIV. Em entrevista ao “Uol”, o cantor deu mais detalhes do caso afirmando que o diagnóstico foi feito em 2017.
Leandro, noivo do modelo Rodrigo Malafaia, que não possui o vírus, já convivia com amigos soropositivos e, por conta disso, encarou a notícia de forma prática. “Já havia passado por algumas situações com pessoas próximas de mim. Eu era tão forte e sóbrio ao tratar esse assunto com eles que não consegui me colocar num lugar diferente quando a situação foi comigo mesmo”, explicou ele.
O cantor diz que é importante tratar do assunto com naturalidade. “Percebi a necessidade e a responsabilidade de levar isso além. Uma motivação muito grande foi também ver meu amigo e criador de conteúdo LGBTQI+ Lucas Raniel levantando essa discussão e levando informação não só à nossa comunidade, mas a todos que desconhecem e tratam o assunto com tanto estigma e preconceito”, afirmou.
Leandro conta que revelou a Rodrigo ser soropositivo antes do primeiro contato sexual entre eles. Os dois estão juntos há um ano e meio. “Foi tão natural que não lembro exatamente como foi e quando conversamos mais profundamente sobre o assunto. Contei das minhas experiências anteriores com pessoas soropositivas e disse que já entendia bastante sobre o assunto, que não era uma grande questão para mim”, relembra o cantor.
Ele também criticou a desinformação das pessoas sobre o assunto e falou sobre a falta de empatia. “Há pessoas que não sabem, por exemplo, a diferença entre HIV e Aids. E isso é realmente assustador”, disse. O cantor lamentou que esse preconceito também venha do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que já chegou a dizer que a pessoa com HIV é uma despesa para todo o Brasil. “Como é triste ver a falta de empatia e a falta de consideração com que o nosso governo trata o assunto, tentando cada vez mais marginalizar e distanciar a população de um tema que sempre foi presente na sociedade”, criticou.