Murray Watkinson, o fundador da igreja do Centro de Celebração de Christchurch. (Captura de tela via Stuff)

Pastor diz que bissexuais são covardes e compara com pessoas brancas que querem ser negras

Murray Watkinson, o fundador da igreja do Centro de Celebração de Christchurch. (Captura de tela via Stuff)

Um pastor milionário da Nova Zelândia, Murray Watkinson, fez um discurso profundamente bifóbico em um sermão na “Celebration Church”, em Christchurch, no início deste mês. Durante a pregação, Watkinson comparou a bissexualidade a pessoas brancas que querem ser negras.

Durante um sermão de aproximadamente 50 minutos, Watkinson comentou o episódio do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos e, ao invés de repudiar o crime racista cometido por um policial branco, chamou atenção para o passado da vítima, que já tinha cumprido pena na cadeia, referiu-se a Floyd como um “vilão”. Logo em seguida, o pastor soltou seu discurso bifóbico: “E se você é marrom e está dividido internamente? O que você fará é escolher um lado e depois há aqueles que querem bissexuais, é como se os brancos fingem ser pretos ou pardos”.

Ainda de acordo com Watkinson, bissexuais não escolhem um lado porque são covardes. “Bissexuais não sabem quem eles são. Eu acho que eles não têm coragem. Eles não querem ofender ninguém, então eles vão cortar pra todo lado”, conta. A repercussão das declarações do pastor Murray Watkinson causou críticas a ele, inclusive por pessoas ligadas à igreja. Trina Watkin, uma ex-líder da congregação, afirmou que o sermão era uma “completa deturpação” da mensagem do Evangelho.

Um membro da plateia, que não queria ser identificado, disse que estava deixando a igreja por causa do discurso de Watkinson, dizendo: “Ele era racialmente inapropriado e retratava não-brancos como seres humanos inferiores e brincava e ridicularizava pessoas de cor… seu discurso intolerante ainda incluiu gays e bissexuais, bem como transexuais”.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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