Olha que bacana! O blogueiro e influencer Dam Menezes bateu um papo com Eloina dos Leopardos, uma das primeiras rainhas de bateria da história do carnaval. A bela transexual encantou os olhos de Joãozinho Trinta, na Beija Flor, na década de 1970.
Com autorização de Dam, vamos publicar a entrevista na íntegra que ele fez com essa rainha que, aos 73 anos de idade, nunca perdeu sua coroa.
Uma das primeiras rainhas de bateria da história do carnaval carioca é uma transexual. Como é carregar este título?
Eloina: Foi uma glória, tinha glamour. Joãozinho 30 inventou isso. Ele era um gênio, tanto que existe até hoje.
Como você vê a relação do carnaval com as transexuais?
Eloina: Nós trans sempre fizemos parte do carnaval. Gostamos de nos produzir e se enfeitar. Nós amamos um brilho. Carnaval é isso, muito samba no pé e muita produção.
Como você vê a transfobia no Brasil?
Eloina: Infelizmente é um horror, precisamos de leis e com punições mais severas para quem pratica isso contra nós.
Você sofreu algum ódio, preconceito ou intolerância por ser uma rainha transexual?
Eloina: Por ser rainha não mas as mulheres de diretores de escolas de samba tinham ódio. Joãozinho inventou a rainha, como já disse, e era uma surpresa pro carnaval e pra escola de samba. Pois não existia a rainha de bateria.
Se eu te falar que hoje em dia tem puxador de escola de samba que usou sua rede social para questionar a formação de família de um casal trans. Qual a sua reação?
Eloina: Acho uma babaquice dele. Hoje o mundo mudou, e é muito mais fácil tudo. Grandes personalidades assumiram suas orientações sexuais. Você vê Rick Martin lindíssimo, com seu marido, e filhos, uma coisa maravilhosa.
Você tem algum recado a ele?
Eloina: Meu querido, você conhece a palavra amor?
Thiago Araujo é editor-chefe e criador do Pheeno! Referência no cenário pop LGBTQIA+ nacional, o carioca de 30 anos é jornalista e empresário do ramo do entretenimento, além de agitar as pistas como DJ mundo afora!